sábado, 16 de novembro de 2013

E se... Obama estivesse me vigiando?

Ao ler uma matéria na Scientific American sobre os rastros digitais que deixamos diariamente, resolvi passar um dia com um bloco de anotações a tiracolo (ainda não consigo usar o do celular), registrando todos os meus rastros digitais durante um dia normal de trabalho. Ou, pelo menor, registrando aqueles de que tenho consciência.
Abaixo, as atividades de meu dia, seguidas dos rastros digitais deixados por elas. Leia divirta-se e assuste-se. Todos nós estamos sendo vigiados pelo Grande Irmão.
1. Acordar e ligar o celular: GPS do Iphone.
2. Malhar no condomínio do prédio: câmeras no elevador e na academia.
3. Ir ao trabalho: câmeras do condomínio (elevador e garagem); câmeras da cidade; câmeras do prédio em que fica meu escritório (garage, elevador, lobby do escritório); registro de minha entrada no prédio.
4. Ligar o computador: envio e recebimento de emails.
5. Checar Facebook no Iphone: curtir a foto do bebê lindo de uma grande amiga.
6. Reunião interna à distância: câmeras no lobby e na sala de reunião; teleconferência (supostamente segura).
7. Recebimento de seis ligações no celular pela manhã (duas das quais me deixariam, digamos, constrangida se fosse estampada na capa de um jornal).
8. Entrar no Wat’s App: troca de mensagens com amigo para marcar almoço.
9. Tirar dinheiro para táxi: registro de saída do escritório; câmeras do prédio em que está meu escritório (elevador, lobby, etc. O básico da “segurança”); câmeras do shopping (infinitas, nem pude ousar contar); câmera do caixa eletrônico; registro de meu uso do cartão.
10. Ir almoçar: chamar táxi pelo site da cooperativa; câmeras na rua; pagamento da conta do almoço com cartão.
11. Retorno ao escritório: mais câmeras nas ruas, no elevador e no lobby de meu escritório; registro de minha entrada no sistema do prédio.
12. Mais mensagens pelo What’s App, desta vez com o maridão dengoso.
13. Ainda mais troca de emails (as pessoas são tão indiscretas no mundo virtual... Nem pensam que seu correio eletrônico pode estar sendo observado).
14. Durante a tarde, recebimento de outras quatro ligações (fico desconfortável em receber uma delas).
15. Reunião externa à tarde: registro de minha saída do escritório; câmeras no lobby, elevador, garagem do prédio; câmeras na rua; registro de minha entrada no local em que acontecerá a reunião; mais câmeras por todo lado (espero que não no banheiro, por onde tive que passar).
16. Retorno ao escritório: mais um registro de entrada; as mesmas câmeras que me filmam diversas vezes ao dia, vinte dias ao mês.
17. Olho para o Iphone. Recebi outros emails. Tento não respondê-los. Esta minha lista está comprida demais para meu gosto. Mas sofro da síndrome da pronta resposta, doença moderna criada pelo acesso pelo celular de seus emails pessoais e profissionais. Quem consegue não responder na hora? Desesperadamente impossível.
18. Recebo uma mensagem pelo What’s App. É a minha mãe perguntando como estou e pedindo mais fotos dos meus bebês. São os meus gatinhos lindos. Não. Já chega de rastros digitais por hoje. Uma mulher tem que saber se controlar. Mas aí me lembro da foto linda que tirei da minha bolinha de pelo dormindo dentro da minha bolsa ontem à noite. Que droga! Mandei. Fofura é mais irresistível para mim que chocolate quando estou naqueles dias.
19. Já completamente paranóica (mais que o normal) e imaginando a polícia federal invadindo minha casa no meio da noite, Fecho tudo e volto ara casa. Mais uma lista: registro de minha saída; câmeras no lobby do escritório, no elevador e garagem do prédio; câmeras nas ruas; câmeras do meu condomínio (garagem e elevador). Chego em casa, desligo o celular (deveria tirar também a bateria?), e curto minha privacidade com meus três amores. Quer dizer, isso é o que acho...
20. Droga. No dia seguinte lembro-me de outro rastro que deixei. Comprei um filme no NOW. Privacidade é realmente o maior luxo do século XXI.
Citação: Scientific American Brasil. Novembro de 2013. Nº 138.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Melhores frases: Jane Austen / Orgulho e Preconceito

O meu romance favorito. Motivo puro e simples para ser minha primeira escolha. Mas, ao analisar as frases dessa bela obra para escolher as dez melhores, percebi o quanto também o livro pode ser uma aula de história, especialmente sobre os valores e prioridades da época. Espero que curtam lê-las tanto quanto eu adorei escolhê-las. E aceito mais sugestões! Selecionar apenas dez foi um trabalho árduo.

10. It is a truth universally acknowledged, that a single man in possession of a good fortune, must be in want of a wife.
9. Happiness in marriage is entirely a matter of chance.
8.I am the happiest creature in the world. Perhaps other people have said so before, but not one with such justice. I am happier even than Jane; she only smiles, I laugh.
7.Could there be finer symptoms? Is not general incivility the very essence of Love?
6.He is a gentleman, and I am a gentleman's daughter. So far we are equal.
5.We are all fools in Love.
4.A lady's imagination is very rapid; it jumps from admiration to love, from love to matrimony in a moment.
3.Laugh as much as you choose, but you will not laugh me out of my opinion. People themselves alter so much, that there is something new to be observed in them for ever.
2.Vanity and pride are different things, though the words are often used synonymously. A person may be proud without being vain. Pride relates more to our opinion of ourselves, vanity to what we would have others think of us.
1.Our scars make us know that our past was for real.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Teoria dos Antigos Astronautas: as formas geométricas gigantes de Nanasca

Nanasca, o nome original de Nazca (ou Nasca, como os locais escrevem), significa “terra de dor e sofrimento”. O local foi assim designado das secas pelas quais a população passava. O interessante é que foi exatamente o “sofrimento” desse povo que teria gerado tantas construções muito avançadas para a época. Tão avançadas que a região passou a ser conhecida pelos ufólogos como um possível local de presença dos “Antigos Astronautas”.

Mas a tecnologia de Nazca que a transformou em destino turístico e alvo de interesse dos ufólogos foram suas famosas Linhas, geóglifos de animais, figuras geométricas e até de uma “pessoa”. Esta última, na minha opinião, foi a mais assustadora, pois a criatura parece um astronauta da Naza te dando tchauzinho do céu. No momento que o vi do avião, realmente pensei que o doido da Discovery poderia ter uma teoria com um fundo de verdade...

Em Nasca, eles de fato explicam como o povo de Nanasca fazia as linhas (há até um pequeno museu para o tema). Mas meu guia, especialista na cultura local, não conseguiu dizer ao certo por que os “nanascas” começaram a fazê-las (especialmente algumas das figuras geométrocas gigantescas que mais parecem pista de pouso). Na série “grandes mistérios” da Super sobre civilizações perdidas, a melhor explicação para as Linhas de Nazca seria o uso para procissões e resultados religiosos. Mas, ao ver a grandeza das formas geométricas, fica difícil acreditar que seria somente para isso.

Seja qual for a verdade, acho que o mais interessante é curtir a experiência e aceitar o fato de que talvez nunca saibamos o que realmente elas significam.

domingo, 10 de novembro de 2013

Ficção científica ou realidade científica: Idiocracy

Quando fui assitir ao filme, esperava apenas um típico besterol americano. Só que no futuro. E é realmente um besterol, mas a história por trás me deixou com a pulga atrás da orelha: o soldado de inteligência média que fica “hibernado” por acidente durante quinhentos anos. Quando acorda, ele é o homem mais brilhante do mundo, porque a população emburreceu absurdamente. Fiquei tão intrigada que fui pesquisar na internet se isso era realmente possível.

E é. De acordo com um artigo que achei de 2010, a queda da média de QI da população mundial seria consequência de um processo chamado fertilidade disgênica. E o que diabos é isso? Perguntei-me a mesma coisa. É o seguinte: casais com QI mais alto têm cada vez menos filhos, e o oposto ocorre com casais de QI médio ou baixo. Inclusive, uma pesquisa feita nos anos 90 relatou concluiu que mulheres com um QI médio de 111 tinham 1,6 filhos, enquanto aquelas com QI médio de 81 tinham 2,6 filhos. O problema todo é que muitos defendem que a inteligência seria hereditária. Se for, a realidade do Idiocracy, em que os seres humanos não passam de babões que comem junk food e assistem à TV o dia inteiro pode realmente se tornar uma realidade. Pensando bem, o mundo de amanhã já é hoje... Ou quase...

Citação: http://www.blogdasaude.com.br/saude-mental/2010/11/08/cientistas-acreditam-que-o-qi-mundial-esta-diminuindo/

sábado, 9 de novembro de 2013

Melhores falas: Inception

Depois de assistir ao eletrizante, louco e paranóico Memento (no Brasil, Amnésia), achei que Christopher Nolan nunca conseguiria se superar. Ele chegou bem perto com sua versão cinematográfica de Batman, é verdade (conseguindo, inclusive, criar uma versão do Joker melhor do que aquela de Burton), mas acho que a superação mesmo veio somente com A Origem. Ressaltando que o filme com Di Caprio é somente ligeiramente melhor que aquele estrelado por um sensacional Guy Pierce. Seguem as melhores falas – ao menos para mim – de Inception.

13.
Arthur: Five minutes in the real world gives you an hour in the dream world.

12.
Eames: Listen, if you're going to perform inception you need imagination.
Dom Cobb: Let me ask you something, have you done it before?
Eames: We tried it, we got the idea in place but it didn't take.
Dom Cobb: You didn't plant it deep enough?
Eames: Well, it's not about depth. You need the simplest version of the idea in order for it to grow naturally in the subject's mind. It's a very subtle art.

11.
Dom Cobb: She'll be back. I've never seen anyone pick it up that quickly before. Reality is not going to be enough for her now.

10.
Dom Cobb: Building a dream from your memory is the easiest way to lose your grasp on what's real and what isn't real.

9.
Ariadne: Mind telling your subconscious to take it easy.

8.
Browning/Eames: I just don't know. He loved you, Robert. In his own way.
Robert Fischer: His own way? At the end he called me into his deathbed, he could barely speak but he took the trouble to tell me one last thing. He pulled me close and I could only make out one word, "disappointed".

7.
Dom Cobb: No idea is simple when you need to plant it in somebody elses mind.

6.
Dom Cobb: I have it under control.
Arthur: I'd hate to see you out of control.

5.
Arthur: So now you've noticed how much time Cobb spends doing things he says never to do.

4.
Ariadne: Who'd wanna be stuck in a dream for ten years? Yusuf: [smiling] Depends on the dream.

3.
Dom Cobb: To wake up from that after...after years, after decades, to become old souls thrown back into youth like that. I knew something was wrong with her, but she just wouldn't admit it. Eventually she told me the truth, that she was possessed by an idea. This one very simple idea that changed everything. That our world wasn't real, that she needed to wake up to come back to reality. That uh...in order to get back home we had to kill ourselves.

2.
Eames: They come here everyday to sleep?
Elderly man: No. They come to be woken up. The dream has become their reality. Who are you to say otherwise?

1.
Dom Cobb: What is the most resilient parasite? A bacteria? A virus? An intestinal worm? An idea. Resilient, highly contagious. Once an idea has taken hold of the brain it's almost impossible to eradicate. An idea that is fully formed, fully understood.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Coisas que me irritam: o marketing do medo

Tem uma coisa me irritando muito nos últimos tempos, especialmente nos noticiários: a quantidade de conteúdo violento ao nosso redor. Não estou dizendo que não devemos falar sobre a violência cotidiana, mas acho que nosso foco deveriam ser as causas desse problema contemporâneo. Uma delas (e uma das principais, a meu ver) é a construção de estereótipos. E essa história não é nova. A massificação e coisificação de “Inimigos do Estado” são usadas há séculos (talvez possamos até falar em milênios) para legitimar a atuação desumana e ditatorial dos nossos líderes. O pior que a desculpa continua sendo a mesma: temos que destruir os marginalizados subumanos para protegermos os cidadãos honestos e corretos. Já estamos tão acostumados com esse discurso que nem nos perguntamos a questão mais básica: por que esses sujeitos foram marginalizados em primeiro lugar? Não estou aqui pretendendo infantilizar pessoas agressivas e violentas ou dizer que não são responsáveis por seus atos, mas temos que admitir ao menos parte da culpa. Afinal de contas, é a sociedade quem cria os guetos, seja por conta das diferenças sociais, raciais, religiosas ou políticas. Até nas escolas estamos criando futuros (ou presentes, como pudemos ver dezenas de vezes nos últimos dez anos) sociopatas. Quando vamos parar de simplesmente assistir às notícias violentas dizendo “Que absurdo, o mundo está ficando louco” e começar de fato a discutir o que as causa? Quando vamos parar de exigir dos políticos prisão para menores de idade e começar a sugerir projetos que de fato façam alguma diferença? Quando vamos parar de tratar pessoas como coisas e quebrar o paradigma do Direito Penal do Inimigo? As manifestações ao redor do mundo certamente são um início. Mas ainda temos um longo caminho pela frente, considerando que, nesse tema, evoluímos muito pouco em um lapso temporal bem longo.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Melhores falas - Parte IV: Revolver

Para mim, melhor filme de Guy Ritchie e de Jason Statham (no caso do ator, é o melhor de longe). E olha que sou fã de Snatch: Porcos e Diamantes, e absolutamente apaixonada pelo Sherlock Holmes de Robert Downey Jr. Mas os diálogos intrigantes, duros e densos de Revolver lhe garantem um lugar especial aqui no blog!

10.
Macha: Jesus, Paul! Why don't you just fucking rape me?

9.
Jake Green: The longer you listen, the sweeter the pitch.

8.
Jake Green: Dorothy Macha, the man responsible for the time I served. A man who'll pass a death sentence quicker than you'll pass the salt.

7.
Macha: You got a big mouth on a small head, sunshine.

6.
Jake Green: The greatest enemy will hide in the last place you would ever look.

5.
Macha: A wise man once told me... there's only one rule in this world, a small question that drives all success. The more a man invests in that question, the more powerful that man will become. Can you guess what that question is, Mr. Green? “What's in it for me?”

4.
Jake Green: This has become a large problem, Avi.
Avi: There's no such thing as problems, Mr. Green, only situations...

3.
Lord John: Greed is the only snake that cannot be charmed.

2.
Jake Green: We're just monkeys wrapped in suits, begging for the approval of others.

1.
Jake Green: One thing I've learned in the last seven years: in every game and con there's always an opponent, and there's always a victim. The trick is to know when you're the latter, so you can become the former.